Governo de Minas confirma 75 mortes por febre amarela
A secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou 75 mortes por febre amarela nesta quarta-feira (15). Outros 94 óbitos ainda são investigados, de acordo com o órgão.
Os casos confirmados de febre amarela em Minas são 208, de acordo com a secretaria. Ainda estão sob investigação outros 730 casos da doença relacionados ao estado; 57 notificações foram descartadas.
Este é o pior surto de febre amarela já registrado em Minas Gerais. Conforme a SES, na maioria dos casos suspeitos, as pessoas tiveram os sintomas entre os dias 08 e 14 de janeiro de 2017.
Ainda segundo a secretaria, os casos confirmados já passaram por exame laboratorial detectável para febre amarela; exame laboratorial não detectável para dengue; histórico vacinal (não vacinado/vacinação ignorada); sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso; e exames complementares que caracterizam disfunção renal/hepática.
As mortes confirmadas pela SES estão relacionadas às cidades dos vales do Rio Doce e do Mucuri: Ladainha (11), Itambacuri (8), Teófilo Otoni (7), Ipanema (5), Piedade de Caratinga (5), Malacacheta (3), Poté (4), Novo Cruzeiro (5), Setubinha (4), Imbé de Minas (2), São Sebastião do Maranhão (2), José Raydan (2), Santa Rita do Itueto (2), Inhapim (2), Conceição de Ipanema (1), Ubaporanga (1), Ubaporanga (1), Pocrane (1), Frei Gaspar (1), Entre Folhas (1), Itueta (1), Simonésia (1), Alvarenga (1).
Três mortes são relacionadas à Delfinópolis, no Sul de Minas, e uma relacionada à Januária, no Norte do estado. No caso de Januária, a vítima morreu em Brasília, conforme a secretaria. Há ainda um óbito confirmado, mas com o local de contágio sob investigação.
Mortes de macacos
Mortes de macacos por febre amarela foram confirmadas em Belo Horizonte, Contagem e Betim, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais. Em cidades próximas à capital mineira, há casos em investigação em Juatuba, Nova Lima, Sabará e Ouro Preto.
A secretaria está reforçando a vacinação, principalmente nas proximidades das áreas onde estes animais foram encontrados mortos. Os macacos são um indicador importante para a vigilância da febre amarela, porque adoecem primeiro e, a partir dos registros de óbitos, se obtém informações sobre a circulação do vírus.
A febre amarela silvestre é transmitida através da picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A doença também é transmitida pelo Aedes aegypti, mas somente em ambiente urbano. Em Minas, não há notificação de casos em área urbana, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.
Fonte: G1